25 de novembro de 2013

Para onde direcionar os investimentos com a Selic em alta

Com a perspectiva de mais uma alta da taxa básica nesta semana, alternativas de investimento como títulos do Tesouro e o CDI tornam-se mais atrativas. Outra opção, para pequenos investidores, continua sendo a poupança.

Na próxima quarta-feira (27), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encerra a última reunião do ano. A expectativa, de acordo com último relatório Focus do BC é de que a taxa básica de juros (Selic) suba meio ponto percentual, chegando a 10% ao ano. Desde maço de 2012 que a taxa básica não fica na casa dos dois dígitos. Caso a expectativa se confirme, será a sexta alta consecutiva da Selic em um período de sete meses. Nesse cenário de elevação, os fundos pós-fixados com rendimento atrelado a Selic tornam-se atraentes. Mas o tipo de investimento dependerá basicamente do montante, do prazo para aplicação e perfil do investidor. O economista Alípio Leitão, diretor da Mesométrica Consultoria, recomenda o investimento em títulos públicos federais, em particular as LFT Letras Financeiras do Tesouro (LTF), e as Notas do Tesouro Nacional (NTN).
“Nas LTF, que são títulos públicos pós-fixados, se houver um aumento da taxa de juros, seu rendimento acompanha (a alta). E as NTN que são atreladas ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do País), tendem a ser melhores no longo prazo”, diz Alípio. “Já os fundos pré-fixados, nesse momento de alta, não são vantajosos porque o investidor perde os possíveis rendimentos dessa curva da taxa de juros”, complementa. Outra opção são os fundos de investimentos indexados ao CDI, avalia Delano Macêdo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Ceará (Ibef-CE). “O governo ainda tem estoque de títulos indexados à Selic, e muitos fundos no mercado têm esses papéis na sua composição”, ele diz.
A alta da taxa básica também favorece a poupança. Mas essa opção é recomendada principalmente para pequenos investidores. “(Com a Selic) Acima de 8%, a poupança passa a ser interessante, porque abaixo desse patamar a TR (Taxa Referencial, utilizada no cálculo do rendimento da caderneta) sofre um redutor”, ele explica. Mas por outro lado, o economista lembra que ao aplicar na poupança, o investidor não se protege das oscilações da inflação.

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