28 de outubro de 2013

Venda de calçados deve crescer até 30%

O interesse dos consumidores em reformar a casa também deverá impulsionar a economia até dezembro
Os meses do "B-R-O Bró" são, tradicionalmente, os mais rentáveis do ano para o varejo devido às festas natalinas. De acordo com os economistas, cerca de 30% do faturamento anual do comércio se concentra entre setembro e dezembro. Artigos de consumo pessoal, como roupas e calçados, são líderes de venda no período e, neste ano, gerentes das lojas de calçado da Capital apostam em um crescimento de até 30% das vendas no ramo.

Artigos de consumo pessoal, como roupas e calçados, são líderes de venda no período e, neste ano, gerentes das lojas de calçado da Capital apostam em um crescimento de até 30% das vendas no ramo.

"A expectativa é um aumento de 10% a 15% das vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Só em uma das sedes da loja, 34 vagas para funcionários temporários estão abertas para o fim do ano e 16 já foram ocupadas", afirma Carlos Fernandes, 44, gerente da Casa Pio localizada na Praça do Ferreira, no Centro.

Já o gerente da loja BanBan Calçados, Luiz Guilherme, 29, é mais otimista: "Prevemos um crescimento de 20% a 30% do consumo. Com a inauguração dos Shopping Parangaba e North Shopping Jóquei, a demanda do consumidor também sobe".

A novidade é o crescente interesse do consumidor em reformar a casa no fim do ano. De acordo com informações divulgadas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil nesta semana, os gastos com moradia ocupam o segundo lugar no ranking das principais despesas do brasileiros.

"Além de movimentar o varejo, como já é tradicional nessa época, as comemorações de fim do ano também aumentam o crescimento das reformas residenciais. Nos últimos anos, os brasileiros têm se interessado em organizar e adornar a casa para as festas", explica o economista e consultor Alex Araújo.

Vagas temporárias

Até o mês de dezembro, quatro mil vagas de empregos temporários serão disponibilizadas no mercado de trabalho cearense para comércio e serviços, segundo prevê o Instituto de Desenvolvimento de Trabalho (IDT). Conforme o órgão, 800 cargos já foram ofertados entre setembro e outubro deste ano.

"Cerca de 80% das atuais vagas disponíveis no mercado são para o comércio. A partir de dezembro, o segmento de serviços absorve esses cargos", esclarece o diretor de Estudos e Pesquisas do IDT, Papito de Oliveira.

O vendedor Kaionahme Aguiar foi contratado por uma loja de calçados duas semanas atrás. "Foi uma ótima oportunidade para voltar ao mercado", avalia o vendedor. O jovem encontrou a vaga menos de um mês depois de se cadastrar no SINE/IDT. "Inicialmente, o contrato é até dezembro, mas estou me esforçando para continuar", relata Aguiar.

Efetivados

Segundo informações do IDT, 20% dos empregados temporários são efetivados nos estabelecimentos comerciais. "Isso só depende do empenho e da iniciativa pessoal. É importante desenvolver a atenção ao cliente, as formas de abordagem e, principalmente, ter informações sobre o produto vendido", declara o diretor do órgão.

O número de vagas temporárias tende a crescer no País. Uma pesquisa realizada pelo SPC aponta que 43% dos empresários farão contratações informais neste fim de ano. Ainda segundo os dados, cerca de 50% desses funcionários vão receber um salário mínimo por mês.

Primeiro emprego

Como a maioria dos empregadores não exige experiência para cargos temporários, o período pode ser uma boa oportunidade para quem está procurando o primeiro emprego. "Investir em cursos de qualificação e línguas estrangeiras é importante para o jovem que busca oportunidade de emprego. Valorizar a comunicação também aumenta as chances de contratação", ressalta Papito de Oliveira.

Foi o que aconteceu com Fabiana Marreiro. A jovem de 21 anos decidiu deixar currículos em lojas no Centro da cidade e, no final do mês passado, foi contratada por 45 dias por uma loja de calçados. "É meu primeiro emprego e estou feliz. Espero continuar aqui", frisa

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