O governo do Brasil envia hoje um segundo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para Paramaribo (capital do Suriname) para buscar brasileiros feridos e outros interessados em deixar o país vizinho. Também seguirão para lá uma funcionária da Secretaria Especial de Atenção à Mulher, para dar assistência às 20 brasileiras vítimas de violência, e uma diplomata especializada em temas consulares.
Na noite de Natal, brasileiros que vivem no Suriname sofreram um ataque, que deixou 25 feridos. Também há denúncias de que algumas pessoas estão desaparecidas. Cinco brasileiros ainda estão internados em hospitais, inclusive um homem com risco de amputação de um dos braços em decorrência de cortes provocados por facão e outro que está com ferimentos graves na mandíbula.
O ministro interino de Relações Exteriores, Antônio Patriota, afastou ontem a possibilidade de novos ataques contra brasileiros na região. Segundo ele, o governo surinamês intensificou a segurança e garantiu que o ataque na véspera de Natal foi um ato isolado.
Patriota disse que 17 brasileiros que estão no Suriname demonstraram interesse em retornar ao Brasil, entre eles, os cinco que ainda estão hospitalizados.
O embaixador do Brasil em Paramaribo, José Luiz Machado e Costa, afirmou, ontem que o o ataque contra os brasileiros foram "atos de selvageria e de violência extrema".
Versão sob suspeita
Brasileiros que fugiram de Albina após os ataques mantêm uma desconfiança em relação às informações que são prestadas pela Embaixada do Brasil sobre o conflito. Atemorizados, testemunhas afirmam que há mortos no local, o que o governo brasileiro nega.
Eles contam também que ainda há brasileiros em Albina, alguns escondidos na mata que circunda cidade, outros desaparecidos depois de se jogarem no Rio Maroni, que marca a fronteira entre o Suriname e a vizinha Guiana Francesa, para fugir das agressões.
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