19 de fevereiro de 2014

PESQUISA CNT Cai avaliação de Dilma, mas liderança é mantida

Arte Nacional 1A presidente obteve 36,4% de avaliação positiva. Em diferentes cenários eleitorais, ela venceria em 1º turno
Brasília. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o MDA Pesquisa, divulgada ontem, apontou que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita em primeiro turno nos cenários com e sem a ex-ministra Marina Silva. No cenário mais provável, Dilma alcança 43,7%. O pré-candidato do PSDB, senador Aécio Neves, 17%, e o socialista Eduardo Campos, 9,9%. Ou seja, a soma dos dois chegaria a 26,9%.
No levantamento anterior, divulgado em novembro, Dilma também ganharia na primeira etapa considerando esse mesmo cenário. A presidente alcançava 43,5% das intenções de voto, enquanto a soma das intenções de voto dos presidentes do PSDB e do PSB chegava a 28,8%. Aécio teve 19,3% e Campos, 9,5% das intenções de voto.
Com Marina
No cenário em que se troca a cabeça de chapa do PSB pela ex-ministra Marina Silva, a presidente também venceria a disputa no primeiro turno. Dilma registra 40,7%, ex-ministra 20,6% e o provável candidato do PSDB, Aécio Neves, 15,1% das intenções de voto. Ou seja, a soma de Marina e Aécio daria 35,7%, com vantagem de Dilma superior à margem de erro.
No levantamento anterior, de novembro, era registrado um empate técnico. Nessa simulação, Dilma tinha 40,6% dos votos contra 39,1% da soma de Marina e Aécio Neves. A ex-ministra conseguira 22,6% e Aécio, 16,5%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, não era possível cravar que a presidente seria reeleita.
Foram entrevistadas 2002 pessoas, em 137 municípios das cinco regiões do País, entre os dias 9 a 14 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Queda em popularidade
A mesma pesquisa mostrou que a avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a cair e interrompeu a trajetória de recuperação após a onda de protestos em junho de 2013
Dilma obteve 36,4% de avaliação positiva (ótimo ou bom). A avaliação negativa foi de 24,8%. Em novembro, a avaliação positiva da presidente havia sido de 39%, a melhor após a queda brusca detectada em julho.
Em junho, antes dos protestos, ela tinha 54,2% de avaliação positiva. No mês seguinte, caiu para 31,3%.
A aprovação da presidente também caiu. De 58,8% em novembro, chegou a 55% neste mês de fevereiro. O pior índice foi em julho, de 49,3%.
Estimulada
A pesquisa mostra também que, no caso de candidatura nas eleições presidenciais de outubro, Dilma Rousseff tem 21,3% da intenção espontânea de voto.
Em seguida, aparecem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (5,6%), o senador Aécio Neves (5,6%), Marina Silva (3,5%) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (1,6%). Na pesquisa espontânea, não são apresentados nomes de possíveis candidatos.
Copa e protestos
Pela primeira vez com perguntas mais específicas sobre a Copa do Mundo, a pesquisa pela CNT apontou ainda que, para 75,8% dos entrevistados, os investimentos para a realização da Copa foram "desnecessários".
Só 13,3% opinaram que os investimentos foram "adequados". Já 7,3% disseram que foram "insuficientes" e 3,6% não souberam ou não responderam.
O pessimismo sobre a Copa foi considerado "surpreendente" pelo presidente da CNT, senador Clésio Andrade (PMDB-MG) e é considerado uma das razões para a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff apontada na pesquisa.
Questionados pela pesquisa se concordam com os investimentos realizados na construção de estádios, 80,2% optaram pela resposta "discordo, poderiam ter sido utilizados para melhorar outras áreas mais importantes". Em outra questão, 66,6% dizem não acreditar que as obras de mobilidade urbana ficarão prontas a tempo da Copa e 50,7% afirmam que não apoiaram que o Brasil fosse candidato a sediar a Copa do Mundo, caso a escolha fosse hoje. Nesse caso, 26,1% "apoiariam totalmente" e 19,7% "apoiariam parcialmente". Em relação aos protestos durante o evento, 85,4% acreditam que ocorrerão. Além disso, 15,2% disseram que participariam das manifestações caso ocorram, enquanto 82,9% responderam que não participariam. Por outro lado, 56,2% opinaram que o Brasil vai ser campeão da Copa do Mundo. Já a violência urbana aumentou nos últimos anos, na avaliação de 76,8% dos 2 mil entrevistados. Para 22,9% dos pesquisados não houve aumento. A pesquisa revela que o assalto à mão armada é o tipo de violência mais temida pelos entrevistados.

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