6 de fevereiro de 2014

CIRO GOMES É DESTAQUE Festa do Prêmio Contribuintes hoje no Crato

O secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes, será um dos destaques da 7ª edição do Prêmio Contribuintes - parceria do Sistema Verdes Mares com o Governo do Ceará -, cuja primeira solenidade para entrega da honraria acontece hoje no Crato, região Sul, ao reconhecer as empresas que mais contribuíram para o crescimento da arrecadação de impostos no Estado. Na ocasião, assim como nas outras três festas que serão realizadas - Limoeiro do Norte, Camocim e Fortaleza, respectivamente -, Ciro irá proferir palestra fazendo uma avaliação da economia internacional, suas dificuldades, potenciais e ameaças e como esta interage com o Brasil.
Image-0-Artigo-1539745-1O evento do Crato será animado pela dupla Italo & Reno. A 7ª edição do Prêmio Contribuintes conta com o patrocínio do Bradesco, do Grupo M. Dias Branco, do Banco do Nordeste e da Operadora de Telecomunicações Oi.
Crise econômica e Brasil
Acerca do que tratará na palestra, Ciro Gomes explica que pretende descrever a situação brasileira neste momento, especificando alguns cenários e concluindo sua participação ao apontar caminhos estratégicos que o País deve discutir para que se encaminhe para uma solução.
"Na minha opinião, o Brasil não está bem e o constrangimento internacional apenas agrava as nossas debilidades, que são claras. Por exemplo: o País terminou o ano de 2013 com o maior déficit de transações correntes da sua história - US$ 100 bilhões. E com regime de câmbio flutuante se tem uma pressão de desvalorização do real que é crônica e o governo está driblando isso vendendo dólar barato para especuladores e por enquanto não estamos tendo grandes sobressaltos porque temos um volume de reservas cambiais muito alto. Mas isso tem um limite. Então, já tem um problema aí que não está relacionado propriamente com retração de financiamento internacional, e sim com a debilidade estratégica brasileira que é muito grande", argumenta.
Desindustrialização
Conforme Ciro Gomes, como consequência, o País sofre déficits comerciais crescentes em contas como a da indústria, que hoje importa mais produtos manufaturados do que exporta, "o que significa que o Brasil está se desindustrializando."
"Ao mesmo tempo, o agronegócio que vinha pagando esse déficit comercial teve saldo positivo inferior ao mesmo. Sem contar as demais contas correntes externas como fretes, royalties, juros, seguros, turismo e todas as outras que vêm se agravando negativamente para o País", afirma, ao propor a adoção de políticas públicas para cada situação em específico.
"Primeiro, precisamos vencer o embate ideológico de que o mercado vai resolver isso só. Não vai. Precisamos trazer de volta uma concepção estratégica de desenvolvimento que terá que ser liderada por uma política industrial e de comércio exterior muito agressiva", aponta.
Isso passa, afirma, pelo desenvolvimento regional, pela substituição de importações e pela qualificação da inteligência do País, tendo a engenharia reversa como ferramenta. "A mensagem que deixo é que temos um problema, que ele é grave, pois quando se desvaloriza câmbio, chamamos inflação - no nosso caso de custos, pela quantidade de importações que fazemos encarecendo o processo produtivo -, e que por causa do câmbio o Banco Central atira aumentando os juros, o que corrói a plataforma fiscal do País, e, por fim, se entra em estagnação econômica. Este é o cenário que temos, e a sociedade civil deve exigir dos nossos políticos que debatam esse problema agora", conclui.
1ª festa da premiação
Hoje, no Garden Palace Buffet, à Rua Valdemiro Paz de Souza nº 31, Mirandão - Crato. A solenidade está prevista para começar às 20 horas

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