20 de janeiro de 2014

MAPEAMENTO RMF mantém alta de homicídios

Reportagem faz um balanço dos 15 dias de implantação das Áreas de Segurança Integrada e casos de assassinatos
O cenário da criminalidade na Capital cearense e sua região metropolitana começa o ano da mesma forma que terminou em 2013, com uma média de nove homicídios dolosos por dia. O novo modelo de controle e policiamento implantado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, com a divisão do Estado em Áreas Integradas de Segurança (AIS), ainda engatinha.

No ano passado, 6.124 armas de fogo foram apreendidas em todo o Estado do Ceará, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.
Na Grande Fortaleza, as nove AIS (seis na Capital) já estão implantadas e, em cada uma delas, um batalhão da PM e uma delegacia seccional são os responsáveis pelas operações ostensivas de prevenção e repressão, além das investigações dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLI).

A Editoria de Polícia acompanhou durante os primeiros 15 dias de 2014 as estatísticas dos homicídios na RMF e pode comprovar que bairros considerados os mais violentos nos últimos quatro anos continuam liderando as estatísticas dos homicídios e latrocínios. O acompanhamento também identificou os casos em cada uma das nove AIS e isso revelou os setores mais nevrálgicos da insegurança na Grande Fortaleza.

Nos 15 primeiros dias deste janeiro, foram registrados 137 assassinatos, distribuídos da seguinte forma, 13 na AIS-1 (sendo 3 no Vila Velha, 3 no Pirambu, 2 no Rodolfo Teófilo e um em cada um dos seguintes bairros, Farias Brito, Ellery, Jardim América, Monte Castelo e Jardim Iracema).

Na AIS-2 foram 20 assassinatos (3 no Canindezinho, 2 no Pici, 2 na Granja Lisboa, 2 no Padre Andrade e um caso em cada bairro seguinte, Conjunto Ceará, Bonsucesso, Siqueira, Parque São José, Parque São Vicente), Jardim Jatobá, João XXIII, Granja Portugal, Bom Jardim, Jóquei Clube e Henrique Jorge).

Mais crimes

A AIS-3 foi a que apresentou a menor taxa de casos de homicídio no período, sendo registrados somente 11 casos distribuídos da seguinte forma, 3 no Papicu, 2 no Edson Queiroz, 2 na Sapiranga e um cada bairro seguinte, Vicente Pinzón, Mucuripe, Aldeota e Sabiaguaba.

A AIS-4, ao contrário da 3, foi a de maior registro de assassinatos. Foram 22 homicídios dolosos, assim registrados, 10 no Barroso, 6 em Messejana, além de um em casa bairro seguinte, Jardim das Oliveiras, Luciano Cavalcante, Paupina, Palmeiras, Cajazeiras e Cambeba.

A AIS-5 "empatou" com a AIS-2, também com 20 assassinatos em 15 dias, sendo 4 no Mondubim, 2 no Itaperi, 2 na Maraponga, 2 na Vila União, 2 em Parangaba, e um em casa bairro seguinte, Pan-Americano, Jardim União, Parque Santa Rosa, Rosalina, Planalto Ayrton Senna, Serrinha, Parque Presidente Vargas e no Conjunto Prefeito José Walter.

Na Região Metropolitana de Fortaleza são três Áreas Integradas de Segurança. Nas duas primeiras semanas do ano, a AIS-7 registrou 17 homicídios, sendo 16 em Caucaia (4 no Parque Potira, e um em cada bairro seguinte, Parque Soledade, Conjunto Marechal Rondon, Parque Nova Iracema, Centro, Pacheco, Jurema, Cigana, Picuí, Tucunduba/BR-020, Conjunto Metropolitano, Planalto Caucaia e Itambé) e um no Município de São Gonçalo do Amarante.

A AIS-8 teve 15 homicídios, sendo 7 em Maracanaú (Alto Alegre, Pajuçara, Conjunto Jereissati I, Conjunto Jereissati II, Macacos, Vila das Flores e Cidade Nova), 4 em Maranguape, 2 em Itaitinga (Jabuti e Carapió), um em Guaiuba e um na Pacatuba (localidade de Forquilha).

A AIS-9 teve 19 assassinatos, sendo 7 casos em Aquiraz (um duplo na Estrada do Chico, um no Centro, além de Tapera, Iguape, Caponga e Oiticica), seis em Horizonte, 3 no Eusébio (Parque Santo Antônio, Mangabeira e Parque Havaí), dois em Pacajus e um Chorozinho.

Já a AIS-6, que abrange exclusivamente a faixa litorânea de Fortaleza, da Barra do Ceará ao Caça e Pesca, de responsabilidade do BPTur e da Deprotur, não houve registro de homicídios.

FERNANDO RIBEIROEDITOR DE POLÍCIA

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