2 de dezembro de 2013

Deixou de ganhar

Diretoria estima que, sem o acesso, Ceará perdeu oportunidade de receber até R$20 milhões em cota, mas destaca bom saldo em 2013.

A derrota diante do Joinville, no último sábado, tirou do Ceará a chance de retornar à Série A do Campeonato Brasileiro. Consequentemente, a ausência do G-4 tirou qualquer pretensão da diretoria do Alvinegro de contar com benefícios financeiros da Primeira Divisão nacional. Segundo o vice-presidente do Vovô, Robinson de Castro, o clube vai deixar de faturar até R$ 20 milhões referente à cota de direitos de transmissão. “Nós deixamos de ganhar, além do acesso, evidentemente, uma cota de participação no Campeonato Brasileiro bem significativa. O valor vai de R$ 18 a 20 milhões”, revelou Robinson ao O POVO. Neste ano, a cota destinada à equipe de Porangabuçu foi de aproximadamente R$ 2,7 milhões.
Contudo, de acordo com o vice e também diretor de futebol do time, o fim de ano não será de lamentos. A partir de segunda-feira, o Ceará inicia reuniões visando a próxima temporada. E os planos são de maiores investimentos, mesmo sem o acesso desejado em 2013.“Nosso plano é preparar o grupo para o ano que vem, e seguir ainda mais forte. Vamos ter uma folha salarial superior à deste ano, pensando num grupo renovado”, afirmou, sem revelar valores.
Robinson de Castro lembrou também da disputa da Copa do Nordeste, no próximo ano, na qual o Alvinegro entra para “disputar o título”. Na edição deste ano, o clube faturou R$ 2,815 milhões com bilheteria e direitos comerciais. Situação que, segundo ele, viabiliza melhor início de temporada.

Equilíbrio
O consolo alvinegro está em um ano de saldo positivo nas finanças. Pelo menos é o que garante o diretor financeiro do Ceará, Sérgio Costa. Segundo avaliação do dirigente, a equipe termina o ano com boas condições de pensar em novas perspectivas para 2014. “Vamos terminar o ano bem mais equilibrados do que o ano passado”, explicou Costa.Os resultados comemorados, aponta o diretor, dão-se por conta do retorno dos patrocinadores e das rendas de jogos, em especial na reta final da Segundona. “Tivemos muito mais patrocínio, em relação ao ano anterior. Isso é resultado do trabalho de marketing de qualidade executado no clube. E renda, bem, é resultado em campo. A partir do segundo turno, o torcedor respondeu. Não dá para projetar”.
O Ceará foi o terceiro no ranking de maiores médias de público da Série B, com 13.837. Ao todo, levou 262.901 pagantes aos estádios. Renda líquida de R$ 2.762.406,13. Houve crescimento em relação à 2012, quando a média foi de 8.853 (público de 168.202, renda de R$ 1.083.889,95).

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