O sumiço de uma página na internet, denominada Fortaleza Apavorada, passou a ser investigada, a partir desta sexta-feira, pelo Ministério Público Federal. O procurador Márcio Torres decidiu buscar explicações para exclusão da rede social Facebook do endereço com dados sobre a criminalidade na Região Metropolitana de Fortaleza.
A comunidade Fortaleza Apavorada abriu espaços para desabafo de vítimas da violência ou de pessoas que presenciaram ou tiveram vizinhos ou parentes atacados por bandidos. De acordo com levantamento do Ministério Público Federal, ''a página foi fundada com o objetivo de aglutinar pessoas para cobrar do poder público, em ato no próximo dia 13 de junho, medidas de contenção da violência urbana na capital cearense''.
Segundo, ainda, o Ministério Público Federal, a página foi retirada do ar, nas últimas 48 horas, por pelo menos duas vezes, sem que a razão tenha sido explicitada pelos administradores do site. O procurador da República, Márcio Andrade Torres, ao analisar ''a política de padrões de comunidades da rede social,constatou que apenas diante de denúncias sobre a veiculação de imagens ou mensagens gravemente ofensivas, uma página pode ser retirada do ar naquele site''.
"Ao que tudo indica, alguém denunciou falsamente o grupo ´Fortaleza Apavorada´ ao Facebook, com o objetivo de paralisar as suas atividades", destacou Márcio Torres, em nota da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal. Segundo o procurador, o procedimento administrativo instaurado pelo Núcleo de Acompanhamento em Atividades Criminais (Naac) do MPF pretende investigar e identificar, também, o usuário da rede que tenha praticado o possível crime de denunciação caluniosa. Com informações da assessoria de imprensa do MPF/Ceará.
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