24 de junho de 2013

Como aplicar o dinheiro extra

O primeiro lote de restituição do imposto de renda saiu na última segunda-feira, 17. E no dia seguinte, na terça-feira, 18, o Governo do Estado liberou a primeira parcela do 13º salário para os servidores púbicos estaduais, parcela que corresponde a 50% do valor total. O que fazer com esse dinheiro extra? Economistas recomendam que, antes de tudo, o contribuinte busque pagar as suas dívidas para só depois pensar em fazer investimentos ou outros gastos. E com a inflação nos níveis atuais, deixar o dinheiro na conta corrente é um erro.

Para o economista Francisco Assunção, esta “é uma boa oportunidade de saldar dívidas, sobretudo, aquelas associadas a custos elevados de crédito, como cartões de crédito, que é a atividade mais onerosa que há no Brasil”. A recomendação é válida para qualquer dívida vinculada a altas taxas de juros, “que tiram parte dos seus recursos. Então, antes de qualquer coisa, é melhor liquidar logo as dívidas”, diz o economista Célio Fernando.

Já para quem está com as dívidas sob controle outra opção é aplicar o dinheiro. Com a tendência de alta da taxa básica de juros (Selic), hoje fixada em 8% ao ano, a poupança se torna ainda mais atrativa, já que a sua remuneração está atrelada aos juros básicos. De modo que, se descontadas taxas, impostos e a inflação, a remuneração da caderneta pode ser maior do que a de muitos fundos de investimento.

Com o atual cenário de indefinição da economia brasileira, com inflação, cotação do dólar e taxa de juros em alta, Luís Eduardo Fontenelle Barros, presidente da LEF Barros Consultoria, diz que a aplicação mais indicada é a poupança. “A hora agora é de proteger o caixa”, ele diz. “Como o 13º é um valor pequeno, eu colocaria na poupança, até que a economia se defina melhor, porque é uma aplicação protegida. Se a Selic subir seu rendimento também sobe.”

Fundos de investimento
Para os que buscam rendimentos maiores e, portanto, estão dispostos a correr mais riscos, os fundos de investimento atrelados à inflação podem ser uma boa opção. “O momento é de cautela, porque o dólar e os juros estão mudando de patamar, e a inflação tende a subir”, diz Fontenelle Barros. Mas “se a inflação continuar subindo, então (o contribuinte) pode tirar o dinheiro da poupança e pôr num fundo vinculado a ela”. Porém, diferente da poupança, que não estabelece um valor mínimo para a entrada, a aplicação inicial para esses tipos de fundo, de modo geral, gira em torno de mil reais. 

Segundo Fontenelle Barros, alguns analistas acreditam que a inflação já esteja próxima ao teto, e por isso agora não seria o momento ideal para aplicar em títulos vinculados a ela. Mas com a tendência de aumento do dólar, outra opção, para o curto prazo, seriam os fundos cambiais, recomenda Francisco Assunção.

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