8 de novembro de 2011

SEM LEI: Cidade do Piauí não tem delegado, juiz e promotor

DEPOIS DA DENÚNCIA DO FANTÁSTICO, mais um caso de abandono no estado foi denunciado

O Fantástico deste domingo (06/11) denunciou a situação da cidade de Curimatá, no extremo sul do Piauí. Uma cidade sem lei que já trocou de prefeito mais de 20 vezes desde 2008 e um juiz já presidiu julgamento onde deveria ser réu. Nesta segunda-feira (07/11), um novo caso de “descaso” com a segurança é divulgado.
O município de Buriti dos Lopes, a 297km ao norte de Teresina, está há quase um mês sem delegado, promotor e juiz titular. Quem responde pelas funções são os profissionais da cidade de Cocal, mas que pouco aparecem na cidade.
O caso mais grave é a falta de juiz, que já perdura por meses. Apenas um juiz substituto da cidade de Cocal vai ao município duas vezes por semana, e despacha os casos pendentes. A promotora do município está de férias, e a delegada tirou licença médica.
Com essa situação a estrutura de segurança da cidade fica comprometida. Não há previsão de que a delegada volte para a cidade, nem mesmo de que um novo juiz seja nomeado até o final do ano. Alem disso, a delegacia da cidade, com poucos agentes, também é agravante à situação.

CURIMATÁ: CIDADE SEM LEI!
Além dos problemas com a segurança, a cidade de Curimatá, como denunciado ontem em reportagem do Fantástico, na TV Globo, enfrenta ainda a questão da impunidade. 
Desde 2008, a cidade passou por mais de 20 trocas de gestores, e já na semana passada, o prefeito da cidade José Arlindo da Silva foi afastado do cargo pela sexta vez após denuncias de compra de voto. Já o ex-juiz da cidade, Osório Marques, é réu em mais de 11 processos. Entre as acusações contra ele, denúncias de homicídio, porte ilegal de armas, pistolagem e venda de sentenças. Osório teria até presidido um julgamento onde ele é quem deveria estar sentado no lugar do réu. Ele agora vive em um cativeiro domiciliar.

Informações do 180 graus

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