3 de novembro de 2011

Criança de oito anos morre após receber alta de hospital no Ceará

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares

Uma criança de oito anos morreu horas após receber alta médica da Santa Casa de Misericórdia, no último dia 25, em Sobral, a 233 km de Fortaleza, de acordo com mãe do menino, Cláudia Gomes. Segundo os pais do menino, ele passou mal na manhã do dia 24, não conseguia erguer o braço esquerdo e alternava momentos de consciência e inconsciência. No hospital, o médico fez exames, disse que o menino estava com “manha” e liberou a criança depois de 24h de observação.
De acordo com a mãe de David, Cláudia Gomes, na Santa Casa de Misericórdia foram realizados exames psicológicos e de sangue. Ainda segundo a mãe, enquanto o menino estava desacordado, o médico checou os batimentos do coração e examinou os reflexos da criança, obtendo reação apenas das pernas. “Ele [médico] tirou o soro do meu filho e falou para mim 'mãezinha, o seu filho não tem nada não. O que ele tem é manha, é invenção. Mas vou deixar você com ele em observação'.
Cláudia afirma ter questionado a alta do filho na terça-feira (25). “Mas ele [médico] disse 'você vai que ele não tem nada, eu já dei alta'. Aí eu vim embora com meu filho”, conta. O menino morreu nos braços da mãe antes mesmo de chegar em casa. “Eu me senti arrasada, destruída. Ele [médico] podia ter salvo meu filho, mas não fez nada por ele. Deixou meu filho morrer”, disse. O pai do garoto, Francisco Santana Ferreira, disse estar inconformado com a morte do filho.
No relatório médico entregue à família, o médico que deu alta a criança afirma que a causa da morte pode ter sido intoxicação por botulismo. Uma forma de intoxicação alimentar, causada por uma toxina produzida por uma bactéria presente no solo e em alimentos contaminados. A intoxicação comprome o sistema nervoso e, se não tratada a tempo, pode matar.
Defesa
O secretário de saúde de Sobral Carlos Hilton diz que a família retirou a autorização para realizar a necropsia no corpo da criança, o que compromete o estudo do óbito. Mas afirma que uma sindicância foi aberta no hospital para apurar as possíveis causas da morte do menino. A assessoria jurídica da Santa Casa informou que se forem verificados erros por parte do hospital durante o acompanhamento do paciente, os responsáveis serão punidos.

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