21 de dezembro de 2009

PESQUISA DATAFOLHA - Serra se mantém favorito


Nova pesquisa divulgada ontem coloca José Serra como vitorioso num 2º turno contra Dilma ou Ciro

São Paulo. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a corrida pela sucessão presidencial de 2010 e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, se consolidou no segundo lugar, segundo a última pesquisa Datafolha divulgada ontem. Serra está em primeiro com 37% das intenções de voto. Dilma está com 23%, seguida do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), com 13%, e da senadora Marina Silva (PV-AC), com 8%.
Os votos brancos ou nulos somam 9% e os indecisos, 10%. No cenário sem o nome de Ciro Gomes, Serra vai a 40% e Dilma, 26%. Já a senadora Marina Silva atingiria 11%. Na última pesquisa do Datafolha realizada em agosto, Serra liderava com 36%, Dilma tinha 17%, Ciro estava com 14% e Marina com 3%. Na ocasião, a pesquisa mostrava a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) com 12%, mas ela desistiu de concorrer à Presidência para disputar o Senado.
O governador de São Paulo venceria a disputa presidencial em um eventual segundo turno com a ministra Dilma Rousseff. Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, Serra tem 49% e Dilma Rousseff 34% das intenções de voto.
No cenário em que Serra disputa com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), o tucano ganha com 51% contra 28%. Na possibilidade de a ministra Dilma Rousseff disputar o segundo turno com Ciro Gomes, a ministra venceria a disputa com 40% contra 35%.

Estratégia
Com a desistência da pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, à Presidência da República, a cúpula do PSDB trabalhará durante as últimas semanas do ano para "reorganizar o partido", nas palavras do secretário-geral da legenda, deputado Rodrigo de Castro (MG). Castro e o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), trabalharão, nos próximos dias, um calendário de viagens que farão juntos, de janeiro a março.
Apesar da agenda complicada de Serra, a ideia é levar o governador paulista a todas essas viagens, para expor a imagem do pré-candidato do partido. Como Aécio Neves ocupou, nos últimos meses, a função de articulador nos Estados do Norte e Nordeste, onde o presidente Lula tem mais força, os tucanos avaliam que será indispensável a presença de Serra nesses locais. "É claro que vai crescer a exposição do nome José Serra porque ele é o nome que o partido apresenta, diferente de antes, quando tínhamos duas opções", resume Sérgio Guerra.
Em contrapartida, para afagar o governador mineiro, o PSDB realizará uma reunião da Executiva do partido em Belo Horizonte e, assim, deslocar as lideranças tucanas até o ninho de Aécio. O propósito é mostrar que, mesmo sem Aécio como postulante à Presidência, os mineiros são importantes para o projeto do PSDB. Nos meses em que ficará enclausurado em Minas, Aécio Neves deve trabalhar para fazer do vice Antonio Anastasia seu sucessor no governo. Só voltará a se mobilizar nacionalmente em prol da legenda quando o candidato for anunciado formalmente.
Nas viagens que ainda serão programadas, os tucanos tentarão resolver os problemas regionais. No Ceará, segundo um parlamentar do partido, o senador Tasso Jereissati resiste em ser o candidato ao governo. O PSDB também está sem palanque no Rio de Janeiro, uma vez que Fernando Gabeira, do PV, trabalhará pela campanha de Marina Silva à sucessão de Lula.

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