Apontado pelas autoridades da Segurança Pública como um dos maiores traficantes das regiões Norte e Nordeste, Jocicley Braga de Moura, o ´Dote´, 26, foi solto esta semana por meio de um habeas corpus concedido pela Justiça. ´Dote´ - que constituiu vasto patrimônio em Fortaleza e Manaus na prática do tráfico de drogas - é também apontado como autor de, pelo menos, 11 homicídios. Entre os crimes está o da modelo Vanielle Sousa Albuquerque de Paula, 22, por estrangulamento, há dois anos.
O crime contra a jovem aconteceu em setembro de 2007, na capital cearense. A jovem foi deixada seminua na porta do hospital Frotinha da Parangaba , gravemente lesionada, por um homem que na ocasião já foi identificado como Jocicley Moura. Ele estava num carro importado e foi embora em seguida. A placa do veículo foi anotada por guardas municipais e foi o detalhe que facilitou à Polícia a identificação do acusado.
Vanielle Sousa Albuquerque morava com uma das irmãs e um cunhado no Condomínio Santíssima Trindade, na Barra do Ceará. No fim de setembro, ela deixou o local dizendo que ia para a casa do namorado, na Maraponga. Parentes e amigos da jovem desaprovavam seu relacionamento com Jocicley porque a garota aparecia, vez por outra, com manchas em seu corpo, possivelmente provocadas por espancamento e agressões.
A irmã da modelo encontrou duas identidades do rapaz no quarto de Vanielle: uma no nome de Cleiton Borges de Almeida e outra como Jocicley Braga de Moura. Nos dois documentos, as fotos eram diferentes, mas da mesma pessoa. A data de nascimento também era a mesma, mas os locais de nascimento diferentes (Fortaleza e Belém).
Em entrevista concedida ao Diário do Nordeste na época em que Vanielle morreu, sua irmã contou que a modelo estava com o acusado de sua morte havia um ano. "Ela saiu para a casa do namorado e nós recebemos uma ligação de um homem dizendo que a gente tinha que ir ao Frotinha de Parangaba por que a Vanielle estava morta", relatou a mulher.
Notícia teve repercussão nacional
Conforme notícias divulgadas ontem pela Imprensa do Pará, com repercussão nacional, Jocicley Moura, o ´Dote´, também teria envolvimento na contratação de um pistoleiro para matar o delegado Éder Mauro Barra, que teria conseguido descobrir o plano em tempo de evitar a sua realização.
O delegado, que é chefe do Grupo de Polícia Metropolitana (GPM) e responsável pelas duas prisões do traficante, demonstrou indignação quanto à decisão judicial que acatou a liberação de Jocicley. "Eu aprendi na universidade que não se pode discordar e discutir qualquer decisão judicial. Com relação a esse caso eu não discordo, mas lamento", disse o delegado.
Diante do pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa de Jocicley ressaltou que ele tem residência fixa e seria réu primário. A defesa também argumentou que o acusado não tem condenações no Ceará e no Amazonas e apresentou laudo toxicológico alegando que ´Dote´ não seria usuário de drogas. No dia 21 de agosto deste ano o mesmo ministro (Celso Limongi) indeferiu o pedido de habeas corpus solicitado pelos advogados de Jocicley.
A liberação do traficante teve ampla repercussão. Um e-mail enviado por um leitor do Diário do Nordeste, ontem à tarde, dava conta da soltura do homem que é chamado pela Imprensa paraense de ´megatraficante´.
O crime contra a jovem aconteceu em setembro de 2007, na capital cearense. A jovem foi deixada seminua na porta do hospital Frotinha da Parangaba , gravemente lesionada, por um homem que na ocasião já foi identificado como Jocicley Moura. Ele estava num carro importado e foi embora em seguida. A placa do veículo foi anotada por guardas municipais e foi o detalhe que facilitou à Polícia a identificação do acusado.
Vanielle Sousa Albuquerque morava com uma das irmãs e um cunhado no Condomínio Santíssima Trindade, na Barra do Ceará. No fim de setembro, ela deixou o local dizendo que ia para a casa do namorado, na Maraponga. Parentes e amigos da jovem desaprovavam seu relacionamento com Jocicley porque a garota aparecia, vez por outra, com manchas em seu corpo, possivelmente provocadas por espancamento e agressões.
A irmã da modelo encontrou duas identidades do rapaz no quarto de Vanielle: uma no nome de Cleiton Borges de Almeida e outra como Jocicley Braga de Moura. Nos dois documentos, as fotos eram diferentes, mas da mesma pessoa. A data de nascimento também era a mesma, mas os locais de nascimento diferentes (Fortaleza e Belém).
Em entrevista concedida ao Diário do Nordeste na época em que Vanielle morreu, sua irmã contou que a modelo estava com o acusado de sua morte havia um ano. "Ela saiu para a casa do namorado e nós recebemos uma ligação de um homem dizendo que a gente tinha que ir ao Frotinha de Parangaba por que a Vanielle estava morta", relatou a mulher.
Notícia teve repercussão nacional
Conforme notícias divulgadas ontem pela Imprensa do Pará, com repercussão nacional, Jocicley Moura, o ´Dote´, também teria envolvimento na contratação de um pistoleiro para matar o delegado Éder Mauro Barra, que teria conseguido descobrir o plano em tempo de evitar a sua realização.
O delegado, que é chefe do Grupo de Polícia Metropolitana (GPM) e responsável pelas duas prisões do traficante, demonstrou indignação quanto à decisão judicial que acatou a liberação de Jocicley. "Eu aprendi na universidade que não se pode discordar e discutir qualquer decisão judicial. Com relação a esse caso eu não discordo, mas lamento", disse o delegado.
Diante do pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa de Jocicley ressaltou que ele tem residência fixa e seria réu primário. A defesa também argumentou que o acusado não tem condenações no Ceará e no Amazonas e apresentou laudo toxicológico alegando que ´Dote´ não seria usuário de drogas. No dia 21 de agosto deste ano o mesmo ministro (Celso Limongi) indeferiu o pedido de habeas corpus solicitado pelos advogados de Jocicley.
A liberação do traficante teve ampla repercussão. Um e-mail enviado por um leitor do Diário do Nordeste, ontem à tarde, dava conta da soltura do homem que é chamado pela Imprensa paraense de ´megatraficante´.
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