10 de abril de 2015

Governador reconhece que cenário crítico afetou o início da gestão

O governador Camilo Santana completou 100 dias à frente do Governo do Estado e revelou, em entrevista ao Diário do Nordeste, as dificuldades para suportar o peso de ter iniciado sua gestão diante de um cenário econômico em crise. O cancelamento da Refinaria Premium II, os obstáculos para planejar ações para a Saúde em meio a um corte de repasses de recursos e as barreiras existentes para garantir dinheiro para obras já em andamento foram alguns dos problemas que obrigaram o novo gestor a buscar soluções alternativas.
"Tem dias aqui que eu não sei o horário em que eu saio. Tenho até pena das pessoas que me acompanham, mas é realmente uma responsabilidade muito grande. Agora, se depender de trabalho, disposição, de energia e diálogo, nós vamos dar uma contribuição. É isso o que eu quero. Ter o reconhecimento do povo cearense que eu contribui. Não será um ano fácil. Já está sendo difícil. Iniciar um governo com dificuldades, como a seca, contenção de recursos financeiros, uma recessão econômica mundial que afeta hoje o Brasil e os estados, a diminuição nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), o cancelamento de uma das obras mais importantes do Estado", revelou.
Camilo Santana destacou que, nos primeiros 100 dias, colocou como prioridade a área da Segurança pública, mas revelou as dificuldades para estruturar o planejamento de ações para a área da Saúde no Estado, adiando a execução de promessas feitas durante a campanha.
"Eu estou com uma equipe na Secretaria da Saúde e também estou montando um comitê com pessoas de fora da própria estrutura do Governo, porque estamos planejando essa questão da Saúde. Não só planejando do ponto de vista do funcionamento dos equipamentos, mas também planejando o futuro. Quais são as melhores alternativas, as melhores fórmulas. Então, é preciso ter um olhar muito forte, muito delicado e é isso que estamos fazendo nesse primeiro momento", justificou o governador.
As denúncias feitas pela oposição de que a Saúde estaria sendo prejudicada, no entanto, foram rebatidas pelo governador. "Primeiro, é preciso identificar aonde é que está esse prejuízo na Saúde. Eu fechei algum hospital?Alguma UPA? Alguma policlínica? Não", alegou.
O governador também assegurou que a redução dos gastos não têm afetado o enfrentamento às necessidades mais básicas da população cearense.MATÉRIA COMPLETA

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