13 de dezembro de 2013

Seguindo prazo de Ciro Gomes, 'piscinão' é extinto no HGF e dá lugar a enfermaria

4 hospitais da cidade receberam os pacientes do extinto 'piscinão'

A área do "piscinião" que chegou a receber até 300 pessoas foi extinta. Fotos: Natinho Rodrigues e Bruno Gomes/Arquivo

Terminou na última quinta-feira (12) o prazo estipulado pelo secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes, para acabar com o "piscinão", ala improvisada no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que chegou a abrigar mais de 300 macas. Na manhã desta sexta-feira (13), a realidade era completamente diferente. A reforma da área de corredores do térreo e do primeiro andar foi concluída e os setores não apresentam mais pacientes expostos.

Duas enfermarias foram criadas para acolher pacientes que estavam expostos no corredor do hospital. A primeira tem espaço para 6 leitos e a segunda para 28, formando os 34 novos leitos. "Para não ficar no corredor, ele [o paciente] fica na Sala de Observação 1, para medicação e diagnóstico, até que eles possam ser encaminhados para o atendimento. (...) Na Sala de Observação 2, o paciente é avaliado", comentou o diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros.
> Demanda excessiva poderia fazer "piscinão" voltar. Assista ao vídeo



Na Sala de Observação 2, na área que antes abrigava o antigo "piscinão", o tempo máximo de permanência dos pacientes é de 72 horas, segundo o diretor-geral. Esse tempo é o suficiente para definir um diagnóstico apurado do caso. Esses 34 novos leitos somam-se aos 92 já existentes no hospital, resultando em um total de 126 leitos de urgência.

Os pacientes que estavam no que a direção do hospital chama de "área extra" foram para 4 hospitais de apoio: Hospital Distrital Dr Fernandes Távora, na Barra do Ceará,Hospital Geral Waldemar de Alcântara, na Messejana, Hospital da Polícia Militar, no Farias Brito, e Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, no Pan Americano.
Zózimo Medeiros mostrou à Redação Web a área do extinto "piscinão". Foto: Natinho Rodrigues

Conforme Zózimo Medeiros, a readequação do hospital não teve custos extras. "A readequação de ambientes não teve custos para nós. Fiz paredes e tubos de gases. As camas eu já tinha, estrutura de móveis estava no estoque, então o custo estava dentro do custeio. Nós temos 4 ambulâncias disponíveis para o hospital, que fizeram a transferência dos pacientes", afirmou. 

Fim do "piscinão" foi prometido por Ciro Gomes em posse
O fim do "piscinão" havia sido prometido pelo secretário da Saúde do Estado do Ceará, Ciro Gomes, no início de setembro deste ano. Na ocasião, ele disse que tem costas largas e prometeu desafogar os corredores do hospital em 90 dias.

Indagado se o "piscinão" acabou, Zózimo Medeiros respondeu prontamente que sim. Entretanto, isso não quer dizer que a área não possa voltar, dependendo da circunstância. "Considerando que a saúde é muito dinâmica, se eu tiver, por exemplo, uma epidemia de dengue e se não tiver hospitais suficientes na rede, e se nós tivermos o perfil para atendimento desse paciente, não tenha dúvida, vai lotar", tergiversou. 

Redação Web do Diário do Nordeste visitou o Hospital Waldemar Alcântara e não constatou lotações nos corredores. Segundo enfermeiros, o hospital estadual encontra-se com capacidade próxima do máximo, mas sem registro de pessoas lotadas nos corredores. O hospital não tem atendimento de urgência.
Um dos hospitais que receberam pacientes do HGF, o Waldemar Alcântara, não teve registro de lotação nos corredores nesta sexta-feira. Foto: Gustavo Sampaio

No Hospital Senador Fernandes Távora, subiu de 40 para 93 o número de leitos contratados. Outros 32 estão sendo construídos para atender a demanda do Hospital Geral de Fortaleza.

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