8 de novembro de 2013

CE em foco: conflito entre PT e PMDB barra votações no Congresso

As eleições de 2014 voltam a ser foco de divergências entre PT e PMDB e contribuem para emperrar votações no Congresso Nacional. A origem do conflito está na insatisfação de lideranças peemedebistas que cobram reciprocidade do PT na formação de palanques eleitorais nos Estados. Os conflitos nascem no Ceará e Rio de Janeiro.
Eunício e GumarãesPré-candidato à sucessão estadual, o senador Eunício Oliveira (PMDB) espera o apoio do PT à sua candidatura, mas os sinais indicam que os rumos petistas serão ao lado do Governador Cid Gomes.  Outro foco de incêndio na relação PMDB-PT é no Rio de Janeiro, onde o Governador Sérgio Cabral (PMDB) não abre mão da candidatura do vice Luiz Pezão ao Governo e enfrenta os petistas, que anteciparam o lançamento do senador Lindenberg Farias.
Uma reportagem na edição desta sexta-feira (8/11) do Jornal O Estadão de São Paulo dá a dimensão do embate. Segundo a reportagem, os conflitos entre PT e PMDB na definição dos palanques estaduais nas eleições de 2014 têm sido transpostos para o Congresso Nacional e se tornaram um ingrediente a mais para complicar as relações entre os partidos.
De acordo com a reportagem, “nas últimas semanas, as duas siglas têm protagonizado embates sobre temas que vão desde a definição do marco civil da internet até a regulamentação do trabalho escravo”. Outro ponto é que, para além das disputas ideológicas, parlamentares admitem que a antecipação das eleições e o consequente impasse nas negociações nos Estados contribuem para ampliar as divergências.
O líder do PT na Câmara Federal, José Nobre Guimarães, ganha destaque na reportagem doEstadão, ele é apontado com um dos responsáveis pelo trancamento da pauta de votação de projetos, como o que trata do piso salarial dos agentes de saúde. Segundo o relato do Jornal, “Guimarães lidera a estratégia de manter a pauta da Casa trancada para tentar impedir a votação do projeto que cria um piso nacional para os agentes comunitários de saúde”.
Cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontariam um impacto de R$ 2,4 bilhões nos cofres públicos. O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) tem contestado esses números e aponta má vontade do Governo Federal em agilizar a votação do projeto que beneficia milhares de agentes de saúde em todo o País.
Com base na matemática, o Governo Federal não aceita ampliar o repasse que faz na área, mas o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), marcou a votação para a próxima terça-feira (12/11). Outros projetos, como o que trabalho de trabalho escravo, a renegociação de dívidas dos estados e o marco civil da internet.

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