18 de junho de 2013

Protesto em Fortaleza reúne centenas de manifestantes

Grupo caminhou da Praça da Gentilândia até o Marina Park, hotel onde a Seleção está hospedada. Novo protesto está previsto para amanhã.

Protesto contra a Copa acabou no Marina Park, hotel onde a seleção brasileira está hospedadaEra para ter sido um protesto em solidariedade aos feridos nos episódios de repressão policial ocorridos semana passada, durante manifestações em São Paulo, mas acabou se tornando mais uma ato contra a Copa das Confederações e do Mundo de 2014. Pouco mais de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, se concentraram, na Praça da Gentilândia e seguiram pelas ruas do Centro até o Marina Park Hotel. Pelo caminho, pessoas que encerravam o expediente de serviço do dia aderiram ao protesto. Por cerca de uma hora, na entrada do hotel, rente à barreira policial, em uma expressão pacífica, o grupo entoou rimas de insatisfação ao montante investido nas Copas.  O objetivo inicial dos manifestantes era se dirigir ao estádio Presidente Vargas, (PV) onde a seleção brasileira realizava um treinamento. No entanto, o protesto acabou atrasando e só foi começar, de fato, quando a seleção já havia encerrado as atividades no PV, por volta das 17 horas. Decidiu-se então, tomar algumas ruas do Centro em um posicionamento contra a Copa, de acordo com uma das participantes, Geyse Lima, 20, estudante de filosofia.
Sem uma liderança que orientasse o movimento, não havia um destino final pré-definido. Na avenida Duque de Caxias, o cortejo parou o trânsito por cerca de 25 minutos, até que se decidiu seguir em direção ao Hotel Marina, onde a delegação brasileira está concentrada. O protesto foi encorpado, em sua maioria, por estudantes, mas contava também com professores e integrantes de movimentos políticos, como Rosa da Fonseca, uma das líderes do Crítica Radical. “Essa é uma manifestação da maior legitimidade”, declarou. O vendedor Paulo Bezerra, 45, aderiu à manifestação na Praça da Estação. “Saí do trabalho e decidi vir com o pessoal. Antes de mais nada,reivindico mais cuidado com o povo e menos com a Copa. Quero mais segurança na minha cidade”.
No percurso, alguns participantes picharam a fachada da sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na avenida da Universidade, e de alguns comércios, no Centro, com dizeres, como “O gigante acordou” e “Copa para quem?” (Colaboraram João Marcelo Sena Jéssica Welma)
Serviço
Próxima manifestação
O grupo se reunirá às 15 h da quarta, em frente ao Makro, na BR-116.

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