18 de junho de 2013

Folha aponta recuo de Ciro e hipótese de apoio a Campos

O governo da Dilma é muito frágil. Ela é uma boa pessoa, boa presidente, mas o governo é muito ruim, afirma o ex-governador do Ceará
Uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo, edição desta terça-feira, aponta que o ex-ministro da Integração Nacional e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, teria recuado na avaliação sobre a pré-candidatura do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e passou a admitir a possibilidade de apoiá-lo na corrida à Presidência da República.
De acordo com a reportagem, assinada pelo correspondente Aguirre Talento, Ciro teria declarado que se o PSB lançar Campos candidato ao Planalto, ele, Ciro, vai acompanhar o partido.
''Se o partido decidir [lançar candidato], não tenha dúvida [que vou apoiar]", observou o ex-governador do Ceará.
Há três semanas, Ciro se reuniu, em Recife, com o Governador Eduardo Campos e, nesse encontro, foi decretado um cessar fogo - o ex-governador cearense havia feito críticas à decisão de Campos se lançar pré-candidato a presidente da República.
Ciro, ao lado do irmão Governador Cid Gomes, é defensor da aliança com o PT em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A entrevista de Ciro Gomes ao Jornal Folha de São Paulo tem, também, críticas ao Governo da presidente Dilma Rousseff, a quem o ex-ministro faz elogios no campo pessoal, mas expõe restrições nas áreas política e econômica.
"O governo da Dilma é muito frágil. Ela é uma boa pessoa, boa presidente, mas o governo é muito ruim", afirmou Ciro, que ainda fez outra observação em termos eleitorais: "Ela [Dilma] pode até chegar na eleição, mas não ganha do jeito que as coisas estão indo. O buraco das contas externas do Brasil é o maior da história", disse.
Ciro destacou, ainda, que a liderança de Eduardo Campos precisa ser respeitada e o Governo deve conversar com ele, Campos. "Se o governo não entender que é preciso discutir as questões do país, conversar com ele [Campos], reconhecê-lo como uma liderança importante do país, não há razão para ele se submeter'', expôs o ex-governador Ciro Gomes.

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