22 de maio de 2013

Mais perto que longe

Ceará está próximo de fechar acordo de exclusividade com a Arena Castelão; Tricolor se mostra resistente

Náutico e Sporting de Lisboa se enfrentam hoje em evento teste, na Arena Pernambuco (último estádio finalizado para a Copas das Confederações), no município de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. Enquanto o time pernambucano se adiantou e assinou contrato de exclusividade com a Arena Pernambuco já há dois anos, no Ceará, a possibilidade de uma parceria entre a Arena Castelão e os dois principais clubes da capital cearense vem se arrastando por quase cinco meses após a reabertura do estádio.

Acordo para o clube jogar só no Castelão deve ser fechado na sexta.

Especulado desde o início do ano, o contrato entre Ceará e a Arena deverá ser finalmente fechado nesta sexta, 24.

"Até o fim da semana, queremos assinar este contrato. A Arena Castelão é o estádio que comporta nossa torcida, é onde gostamos de jogar e as vantagens são inéditas no futebol cearense", afirmou o presidente do Ceará, Evandro Leitão.

Antes disso, diversas reuniões foram feitas e muito se falou de como seriam os contratos entres os clubes e a Arena. Porém, nem Ceará nem Fortaleza saíram na frente. Foi o Ferroviário quem se adiantou e fechou contrato de exclusividade até 2018.

Enquanto isso, o presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, demonstrou-se contra o contrato de exclusividade. "A decisão passa por uma diretoria, e não só por mim, ainda pode ser fechado. O contrato não é uma maravilha para o Fortaleza. No Alcides Santos, colocando 4 mil pessoas, tenho algum lucro, mas no Castelão ficaria no prejuízo", disse.

Em Pernambuco

Já em Recife, o contrato firmado entre Arena Pernambuco e Náutico havia sido firmado em outubro de 2011, ou seja, um ano e sete meses antes da inauguração da praça esportiva. O Consórcio Odebrecht tem direito a explorar o estádio pelos próximos 30 anos, mesmo tempo que o Náutico jogará por lá. O grupo busca contratos semelhantes com Sport e Santa Cruz.

Enquanto no Recife o Náutico, que está na Série A do Brasileiro, garantiu um contrato vantajoso financeiramente para o clube, o Ceará, na Segundona, pode fechar um contrato pouco mais de duas vezes menor.

Num prazo de seis anos (tempo relativo ao contrato entre o Consórcio Arena Multiuso Castelão e o Governo do Estado), o Ceará receberá R$ 130 mil mensais na Série B, sendo R$ 50 mil pelo patrocínio master na camisa alvinegra.

Caso o clube de Porangabuçu assine com algum outro patrocinador master, o time deixará de receber o valor cedido mensalmente pela Arena para garantir espaço na camisa.

Caso o clube suba à Série A, o valor dobra para R$ 260 mil, sendo que, se a Queiroz Galvão renovar com o Governo, outro contrato deve ser estudado.

Presente de 99 anos

O vice-presidente alvinegro, Robinson de Castro, também confirmou a data para a compra do Centro de Treinamento Esportivo do Nordeste (Ceten) no dia 2 de junho, dia em que o clube faz 99 anos. A transação será realizada caso toda a burocracia em torno da compra, que depende do dinheiro da parceria com a Arena, seja superada até o aniversário do clube.

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