6 de setembro de 2012

TELEFONES PÚBLICOS:Serviço gratuito não pode ser aproveitado

Anatel coloca a Capital na lista das cidades que devem ofertar ligações sem taxa, mas aparelhos estão danificados

Apesar de a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ter anunciado que Fortaleza está na lista das 178 cidades cearenses que terão gratuidade nos telefones públicos, conhecidos popularmente como "orelhões", a população tem dificuldades de localizar esses equipamentos funcionando. Em alguns locais, como o aterro da Praia de Iracema e o Passeio Público, muito procurados tanto fortalezenses como por turistas, os aparelhos não existem ou estão danificados.


Nos oito primeiros meses de 2012, foram danificados por atos de vandalismo, em média, 9% dos 40 mil orelhões existentes no Estado do Ceará FOTO: JL ROSA

No aterro da Praia de Iracema, na calçada da Rua Historiador Raimundo Girão, existem cinco telefones. Entretanto, nenhum deles funciona. Para o fiscal de linhas de ônibus paulista, Antônio da Costa Alves, mesmo que, hoje, quase a totalidade da população tenha celular, os "orelhões" devem continuar a existir.

"Já aconteceu de eu precisar realizar um telefonema urgente para uma pessoa da minha família e não conseguir por não achar um aparelho nas redondezas. Não pude efetuar uma ligação do meu celular porque ele estava descarregado", disse.

No Passeio Público, quem precisar fazer uma ligação e estiver sem celular deve deixar o lugar, que conta com guarita da Guarda Municipal, e procurar um aparelho no entorno. "Aqui, por ser um ponto turístico, deveria existir um telefone público porque essa área ao redor é perigosa. Pelo menos dentro do parque, a pessoa está segura, mas, se sair, pode acontecer alguma coisa. Já presenciei alguns casos", cita o comerciante Ítalo Lima Filho, que trabalha no local.

O também comerciante Fernando Alves acredita que só instalar os telefones não basta, mas também fiscalizar para fazer possíveis reparos. "Se for pra deixar sem fiscalização é melhor nem instalar, porque em pouco tempo podem quebrar. Esse lugar merece, sim, um equipamento desses. Pode até ser útil para os guardas em caso de emergência", aponta.

Acostumado a transitar pelas cidades grandes e pelo interior do Brasil, o caminhoneiro Sebastião Pereira afirma que o problema não é exclusivo das capitais. "Em cidades menores, praticamente não existem mais telefones públicos, mas nem toda operadora de telefonia móvel oferece um serviço de qualidade. Por isso, mesmo que você tenha um celular com dois chips, pode ficar sem comunicação, dependendo da cidade e do local em que estiver", relata.

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