27 de agosto de 2012

GUARDA MUNICIPAL É AGREDIDO APÓS SOCORRER CRIANÇA VITIMA DE ACIDENTE


GM Abreu, guarda agredido em pleno hospital 


O Guarda Municipal GM Abreu foi agredido no interior do Hospital Deputado Murilo Aguiar pelo senhor FRANCISCO VIANEI DE SOUSA FERRO e pelo senhor TIAGO OLIVEIRA DANTAS, parentes de uma criança que tinha sido atropelada nas proximidades do Restaurante Onda do Mar e que tinha sido socorrida pelo referido Guarda e pelo seu companheiro GM Elialdo.
As agressões sofridas pelo GM Abreu foram motivadas pelo fato, do mesmo está dirigindo a ambulância da prefeitura que atropelou o filho do senhor VIANEI. O acidente ocorreu por volta das 15h e 10 minutos na Avenida Beira Mar, nas proximidades do Restaurante Onda do Mar. Segundo informações obtidas por este blogueiro, a criança estava acompanhada de seus pais quando saiu correndo em direção ao meio da avenida, sendo que no exato momento a ambulância da prefeitura, que tinha na direção o GM Abreu, seguia em direção ao Lago Seco para atender a uma ocorrência de acidente de trânsito. O motorista, vendo a criança a tempo, conseguiu desviar o suficiente para evitar um acidente maior, tendo causado escoriações no rosto e nas pernas da criança. A vítima foi prontamente socorrida para o Hospital Deputado Murilo Aguiar, onde foi atendida pelo Dr. Ismael e pela equipe de plantão. Sendo que na chegado do pai da criança ao hospital, o mesmo foi para cima do GM Abreu, agredido-o com socos e pontapés, tendo ainda como ajudante nessa selvageria, o senhor TIAGO. Caso não tivesse havido a intervenção dos funcionários do hospital, presentes no momento das agressões, o GM Abreu poderia ter sido morto pelos dois agressores. Segundo relatos das testemunhas, o GM Abreu não fez nada que motivasse as agressões, tendo sido vítima de dois homens visivelmente sob o efeito do álcool. Ainda de acordo com relatos obtidos, a criança atropelada estava com os pais, que estavam bebendo em um bar da Avenida Beira Mar, o que é lamentável. O caso foi parar na Delegacia de Polícia Civil de Camocim, onde foi registrado boletim de ocorrência por ambas as partes envolvidas. A criança que se encontrava em observação no hospital, segundo relatos, foi encaminhada para a cidade de Sobral para exames mais apurados, devido está sentindo dores de cabeça. Já o Guarda agredido, realizou exame de Corpo de Delito e deve representar judicialmente contra os agressores nesta segunda-feira.
GM Abreu e GM Elialdo, prestando depoimento
na Delegacia de Polícia Civil de Camocim.
Este já é terceiro caso de agressão a Guardas Municipais neste ano, gostaríamos de saber o que o comando da Guarda Municipal e a Prefeitura estão fazendo para proteger seus comandados? Em conversa com os Guardas presentes a Delegacia de Polícia Civil de Camocim, os mesmos relataram que o comandante os aconselhou a deixar o caso “para lá”, isto é, não fazer nada contra os agressores. Se isso for realmente verdade, é uma pena, perceber o desamparo existente por parte do Comando da Guarda Municipal em relação aos seus comandados. Não é justo, que os mesmos arrisquem suas vidas no cotidiano do trabalho, e quando agredidos, por pessoas que se acham a cima da lei, não poderem, nem ao menos, lutarem por seus direitos como servidores públicos. O caso configura, no mínimo, como Desacato seguindo de Lesão Corporal, de acordo com o Código Penal Brasileiro. Os agressores devem ser punidos exemplarmente pelo Poder Judiciário, por que se isso não acontecer, teremos uma verdadeira “epidemia” de agressões aos membros do Serviço Público Municipal, ocasionado pela impunidade.
Conheço o guarda agredido, o GM Abreu, e também seu companheiro GM Elialdo, fomos parte de um quarteto formado por mim, eles e o GM Gerson, que recentemente também foi vítima de agressão. Sei da dedicação que os mesmos têm para com o trabalho desempenhado como membros da gloriosa Guarda Civil Municipal de Camocim. Às vezes, tendo que fazer até o impossível, não por falta conhecimento (visto que alguns conhecimentos foram adquiridos por esforços próprios), mas por falta de condições de trabalho mesmo. Assim, não é concebível que os mesmos sejam agredidos e que não seja feito nada por parte do Poder Público Municipal para defendê-los.

José Maurício Silva Lima
Ex-Guarda Municipal

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