2 de janeiro de 2010

Vítimas em Angra dos Reis já chegam a 30


Deslizamento de terra atingiu ontem uma pousada na praia do Bananal, em Angra dos Reis (RJ)

Os deslizamentos de terra ocorridos na madrugada de ontem em Angra dos Reis (RJ) causaram ao menos 29 mortes, segundo balanço das equipes de resgate, que mantêm as buscas na região. Do total, 19 corpos foram encontrados na praia do Bananal, na Ilha Grande, onde uma pousada foi parcialmente atingida. As outras 11 vítimas estavam em casas soterradas no morro da Carioca, no centro da cidade. Com isso, o total de mortes no Estado em consequência das chuvas chega a 50, desde a noite da última quarta (30).
O coronel Jadyr Sabbas, assessor-chefe do Corpo de Bombeiros, afirma que muitos dos hóspedes da pousada Sankay sobreviveram. O número, no entanto, não foi divulgado. A maioria dos mortos seria moradores de Ilha Grande, que residiam na praia do Bananal.
Informações preliminares apontam que em uma das casas soterradas em Ilha Grande estava um grupo de turistas de São Paulo. Na pousada, ao menos três pessoas ficaram soterradas - entre elas a filha do dono, a jovem Yumi Faraci -; outras conseguiram escapar.
Entre os mortos estão 12 turistas, de acordo com as primeiras informações. Seriam de São Paulo, do Rio e de Minas. Em nota divulgada na tarde de ontem, o governo do Estado afirma que o momento é triste e doloroso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o Ministério da Integração Nacional fique à disposição do governo do Rio para auxiliar no resgate às vítimas da chuva.

Número pode aumentar
A Defesa Civil afirmou que o número de vítimas pode aumentar em Angra dos Reis. Na pousada Sankay, a Defesa Civil municipal estima que 40 pessoas estivessem hospedadas no momento do acidente. O número de pessoas que conseguiu escapar ou foi resgatada com vida ainda não foi informado.
A prefeitura estima que 80 casas tenham sido interditadas na cidade, e os moradores retirados por questões de segurança. O Comando da Marinha no Rio interditou uma área de 10 mil m² no mar, em frente à praia do Bananal, para facilitar o trânsito das embarcações que trabalham no resgate das vítimas do soterramento e no transporte de materiais e doações e para orientar e afastar curiosos.
Segundo a Defesa Civil, as chances de resgatar as pessoas soterradas com vida são muito pequenas. Como as casas e a pousada estão debaixo de toneladas de lama, o resgate é mais difícil, porque não é possível utilizar equipamentos pesados para não correr o risco de o terreno ceder.

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