27 de outubro de 2009

Pai entrega filho que matou a namorada

O músico Bruno Kligierman de Melo, de 26 anos, matou na manhã de sábado a estudante Bárbara Chamun Calazans, de 18, no apartamento dele, na Rua Ferreira Viana, no Flamengo. A jovem foi estrangulada, segundo policiais da 5ª DP (Gomes Freire), durante uma discussão. Viciado em crack, o rapaz teria dormido depois do crime. Ao acordar, sem saber o que fazer, ele ligou para o pai, o produtor cultural Luiz Fernando Prôa, que procurou a delegacia e foi até o local do crime com policiais, que prenderam seu filho.De acordo com a família de Bruno, Bárbara era sua namorada.
O casal, que cursava o ensino médio, teriam discutido porque ela queria sair.Na delegacia, o rapaz contou que fumou crack após a discussão e não lembrava o que aconteceu. Ele disse que, depois de dormir, viu a jovem deitada no chão, tentou acordá-la e só então percebeu que ela estava morta. Segundo PMs, no apartamento havia bebidas alcoólicas e remédios de tarja preta."Ele me ligou por volta das 15h dizendo o que tinha acontecido e falou em se matar", contou Luiz Prôa, afirmando que Bruno e Bárbara namoravam há cerca de três meses e que ele estava apaixonado.
"Ele a chamava de "anjo da guarda". Ela estava ajudando meu filho a sair do vício. O Bruno tinha até entrado para o NA (Narcóticos Anônimos)", disse.Segundo o pai, Bruno é viciado em crack há seis anos e já passou por quatro internações em clínicas de reabilitação. Na última delas, em maio, ficou 13 dias. "Infelizmente, ela acabou sendo assassinada por uma vítima do crack. Peço perdão à família dela. Estou com o meu coração estraçalhado, estou morto por dentro", desabafou.Preocupado, ele disse que Bruno deve pagar pelo crime, mas vai tentar que o filho não fique preso com outros criminosos.
Luiz criticou o sistema público de internação de dependentes: "Meu filho é um exemplo do flagelo das drogas. E tudo começou com o álcool. As autoridades devem discutir esse sistema de internação em que o viciado só vai se quiser".

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