17 de setembro de 2013

Celulares: saltam 39% queixas de usuários no Ceará

A participação do Ceará no número de queixas registradas em todo o País aumentou nos últimos meses
Ainda que muitos usuários deixem de recorrer ao poder público para denunciar as falhas apresentadas pelas operadoras de telefonia móvel, a insatisfação dos cearenses quanto ao serviço oferecido pelas companhias teve forte reflexo nas queixas feitas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

No primeiro semestre deste ano, as 17.278 reclamações feitas pelos usuários do Estado representaram um aumento de 39,1% em relação a igual período de 2012, quando foram registrados 12.421 protestos por parte dos cearenses.

Em menor proporção, o Brasil também registrou avanço na quantidade de queixas, as quais saltaram de 511.719, no primeiro semestre de 2012, para 664.364 nos seis primeiros meses deste ano, representando aumento de 29,8%.

Nesse mesmo intervalo, a participação do Estado no total de protestos contra as operadoras de telefonia móvel também cresceu. De janeiro a junho de 2012, 2,4% das reclamações foram feitas pelos cearenses. Em igual período deste ano, o número aumentou para 2,6%.

Considerando apenas agosto último, a participação do Ceará aumentou novamente, para 2,8% do total de 274.598 protestos feitos em todo o País. Com 7.733 queixas feitas à Anatel apenas naquele mês, o Ceará foi o nono estado com o maior número de reclamações contra o serviço de telefonia móvel.

Poucos acionam agência
Segundo a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, o número de reclamações feitas à Anatel não reflete a quantidade verdadeira de usuários insatisfeitos, uma vez que muitas pessoas preferem não acionar a agência. Um dos motivos para isso, destaca, é o fato de muitos dos problemas apresentados à Anatel terem resolução demorada, sendo comum os usuários recorrerem às redes sociais, por exemplo, e alcançarem mais rapidamente seus objetivos.

Ela acrescenta que a agência deveria ser mais incisiva na cobrança da melhoria do serviço, além de exigir que as operadoras só se proponham a atender o número de clientes compatível com sua capacidade.

Ainda assim, frisa Maria Inês, o ideal é que o usuário registre sua queixa junto à agência reguladora. "Se a pessoa deixa de fazer a reclamação, o problema deixa de existir, há menos dados estatísticos e fica mais difícil o monitoramento", aponta.

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