11 de julho de 2013

Selic sobe para 8,5%, poupança ganha com a decisão

Mirando na inflação, a taxa foi reajusta em 0,5 ponto percentual. Poupança passa a render 0,48% ao mês.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu de forma unânime pela elevação da taxa Selic, referência do juro no País, para 8,5% anuais, na noite de ontem. “O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, informou o órgão por meio de nota.
Com o aumento da taxa básica em 0,5 ponto percentual o rendimento da nova poupança será elevado em 0,02 ponto porcentual, de atuais 0,4555% ao mês para 0,4828% mais a variação da Taxa de Referência (TR), que se mantém em zero. Para os depósitos feitos até 3 de maio do ano passado, a poupança continua a pagar 0,50% ao mês mais a TR. A remuneração pode voltar a valer para todas as cadernetas de poupança, a partir de agosto, se a Selic voltar a uma taxa igual ou superior a 8,75%, conforme as novas regras.
Poupança mais atraente
Com a selic em 8,5%, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa considerando o ganho líquido mensal, que desconta taxas cobradas e impostos. É o que mostra levantamento Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na comparação, a caderneta se revela boa alternativa mesmo após a mudança das regras. Segundo a Anefac, a nova poupança, com rentabilidade de 0,48% ao mês, ganha de todos os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2% ao ano, independentemente do prazo de resgate.
 Contribuindo para melhorar a poupança, a TR também deve fechar o mês de julho com rentabilidade acima de zero segundo o economista José Vieira Dutra Sobrinho. Isso se deve à alta da Selic e aos 23 dias úteis do mês, acima da média de 21 - os dois fatores a que a TR está diretamente ligada. Para Mauro Calil, educador financeiro da Academia do Dinheiro, o melhor investimento para quem está endividado é pagar a dívida, por causa dos juros altos.

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