26 de junho de 2013

Pressão faz Dilma desistir do plebiscito sobre constituinte exclusiva

A presidente apresentou a proposta para convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para realizar a reforma política.
Menos de 24 horas após anunciar a proposta de convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para promover uma reforma política, a presidente Dilma Rousseff recuou da ideia e começou a negociar com representantes do Legislativo e do Judiciário os termos de um plebiscito para indicar o que a população gostaria de mudar no sistema político brasileiro.

Dilma lançou a proposta da constituinte em uma reunião com governadores e prefeitos convocados para discutir a insatisfação expressada pelos protestos das últimas semanas. A ideia foi rechaçada pela oposição, antipatizado por juristas e, também, pelo vice-presidente da República, Michel Temer.
O clima de divisão foi sentido pelo Palácio do Planalto e a presidente Dilma Rousseff decidiu recuar da proposta do plebiscito para uma constituinte exclusiva para elaborar a reforma política. Com o plebiscito, o plano do governo agora é submeter a consulta popular propostas de mudança no sistema eleitoral e na organização dos partidos. Depois, caberia ao Congresso Nacional implementar as mudanças que tiverem a preferência da população.
Em outro gesto para tentar aplacar a inquietação das ruas, a Câmara dos Deputados derrubou ontem a PEC 37, emenda constitucional que ameaçava reduzir os poderes de investigação do Ministério Público.
MAIS CEDO, REUNIÃO COM OAB, STF E CONGRESSO

A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu, nesta terça-feira (25), com os presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho, do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para discutir as soluções com o objetivo de finalizar as manifestações que estão ocorrendo no país. 
Durante o encontro, foi apresentada a proposta de um plebiscito, para instaurar uma Assembleia Constituinte para discutir exclusivamente a reforma política. Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho, a petista chegou a conclusão que não havia necessidade de convocar uma assembleia constituinte para tratar sobre a temática.
A petista se reuniu na última segunda-feira (24), com governadores e prefeitos das cidades para discutir medidas para conter a onda de manifestações que estão sendo realizadas. Durante o encontro, a presidente detalhou a proposta para convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para realizar a reforma política.
“O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado”, declarou a presidenta.

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